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Miora de Manandona


PT: Miora de Manandona Falar de Madagáscar é falar de pessoas. Uma grande maioria dessas pessoas vive em função da agricultura, sobretudo da cultura do arroz. Os malgaxes serão per capita o povo que mais come arroz no mundo, havendo zonas que existem 2 a 3 colheitas por ano, ainda assim não são auto-suficientes. É comum comer-se arroz de manhã, ao almoço e ao jantar, às vezes não havendo muito mais.

Manandona é uma comunidade rural situada no planalto malgaxe que existe no entorno do rio Manandona, e no vale fértil que é criado pelo respectivo rio. Ali em volta existem mais 11 aldeias, que se articulam e vivem num espírito comunitário grande. Há uma boa atmosfera aqui neste sítio, no meio de uma realidade adversa, aqui não se tem a sujidade e falta de qualidade de vida da capital. Vive-se de forma mais simples, mas com mais qualidade. Muitas vezes digo que se fosse camponês malgaxe era ali que gostaria de viver. Até porque por lá já tenho pessoas que estimo, como a minha avó emprestada Anne Marie, como o Gustavo, como o Eugène e a Perline, como a Mapi, o Adza. Mas ali respira-se bem, o trabalho é árduo, muito do terreno de arrozal é virado à pá, porque nem toda a gente possui carros de bois, muito menos existem tractores. Existem fontanários que dão água a cada aldeia, existe um elaborado sistema de regadio e até mesmo um posto médico com maternidade. Sendo bom ter estas infra-estruturas, se compararmos com o que temos é quase o mesmo que nada. Nunca me vou esquecer da emoção dorida e as lágrimas nos olhos de duas profissionais de saúde após visitarem as instalações. Mas ainda assim, terem aquilo é melhor que nada. Neste viajar o choque ensina-nos e põe-nos os pés em realidades que por estarem longe não pensamos nelas frequentemente, diria quase nunca. E existe algo muito importante: escolas. Não uma mas várias. Existem associações de pais que tentam financiar material escolar para quem não tem condições de dar escola aos seus filhos. Aqui a escola fornece alojamento ao professor e família.

Certa vez ao passar junto a uma das maiores escolas da zona, conheci a Miora, uma das filhas da professora da escola. Tímida e confiante ao mesmo tempo, pedi-lhe para lhe fazer um retrato que saiu assim, leve, bem disposto e com a esperança estampada no rosto. Aqui a vida é dura, mas respira-se assim. EN: Miora of Manandona Speak of Madagascar is to speak of people. A large majority of these people live by agriculture, especially rice. The Malagasy people will be per capita the people who eat the most rice in the world, there are areas that have 2 to 3 harvests per year, yet they are not self-sufficient. It is common to eat rice in the morning, at lunch and at dinner, sometimes there is not much else. Manandona is a rural community located on the Malagasy plateau that exists around the Manandona River, and in the fertile valley that is created by the respective river. Around Manandona there are 11 more villages, which are articulated and live in a great community spirit. There is a good atmosphere here on this site, in the midst of an adverse reality, here there is no dirt and lack of quality of life in the capital. We live in a simpler way, but with more quality. I often say that if I were a Malagasy peasant, this is where I would like to live. Also because there I already have people I cherish, like my borrowed grandmother Anne Marie, like Gustavo, like Eugène and Perline, like Mapi, Adza. But there you can breathe well, the work is hard, much of the rice field is turned to shovel, because not everyone has ox carts, much less tractors.There are fountains that give water to each village, there is an elaborate irrigation system and even a maternity clinic. Being good to have these infrastructures, if we compare with what we have, it is almost the same as nothing. I will never forget the painful emotion and tears in the eyes of two health professionals after visiting the facilities. But still, having that is better than nothing. In this travel, shock teaches us and sets foot in realities that, because they are far away, we do not think about them often, I would say almost never.And there is something very important: schools. Not one but several. There are parents' associations that try to finance school supplies for those who are unable to provide school for their children. Here the school provides accommodation for the teacher and family.Once when passing by one of the biggest schools in the area, I met Miora, one of the school teacher's daughters. Shy and confident at the same time, I asked him to make a portrait that came out that way, light, in a good mood and with hope on his face. Here life is hard, but it breathes like this.

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